quinta-feira, 24 de setembro de 2009

MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA - SÃO PAULO


O tema central do museu é a língua portuguesa – a base da cultura brasileira. Trata-se de um museu vivo da
língua, onde os brasileiros podem se reconhecer e se conhecer melhor; lugar que evoca a especificidade e a riqueza da língua portuguesa do Brasil e busca, assim, reforçar o sentimento de pertencimento e responsabilidade com o país.
O objetivo maior é fazer com que as pessoas se surpreendam e descubram aspectos da língua que falam, lêem e escrevem, bem como da cultura do país em que vivem, nos quais nunca haviam pensado antes. Que se espantem ao descobrir que sua língua tem todos aqueles aspectos ocultos. O alvo é a média da população brasileira, mulheres e homens provenientes de todas as regiões e faixas sociais do Brasil e cujo nível de instrução é, na maioria, médio ou baixo.

Essas pessoas utilizam o português – sua língua materna – das mais diversas maneiras: comunicam-se com muita criatividade, usam neologismos, inventam imagens, têm humor. Operam a língua com muita soltura, mas não têm idéia de sua história, de como ela se construiu e continua a construir-se. Deseja-se que, no museu, esse público tenha acesso a novos conhecimentos e reflexões, de maneira intensa e prazerosa.

Localizado no Bairro da Luz, o prédio centenário da Estação da Luz constitui um dos mais importantes marcos históricos da cidade de São Paulo.
O prédio tem um traçado arquitetônico engenhoso e bastante peculiar. Foi construído pelos ingleses e inaugurado em 1901, em pleno ciclo do café, com o intuito de levar a produção das lavouras do interior do estado até o Porto de Santos – canal de saída para a Europa, principal consumidora da bebida brasileira.
Hoje, mais de 100 anos depois de sua inauguração, a Estação da Luz ainda é considerada um símbolo da riqueza do café e um dos mais importantes monumentos arquitetônicos de São Paulo.
Em suas novas funções como centro de valorização de nossa língua, o Museu da Língua Portuguesa deve se transformar numa referência que coloque o entendimento da língua – e não apenas da língua falada no Brasil – em um novo patamar. Espera-se que as pessoas venham a São Paulo para viver essa experiência nova
Mas o que pode levar as pessoas a viverem essa experiência – ou seja, a tomarem consciência de sua cultura através do conhecimento de sua língua?
O museu organiza um vasto conjunto de informações a partir de alguns eixos centrais. O primeiro deles é a antiguidade da língua portuguesa, uma língua de milênios. Isso implica retraçar brevemente a trajetória da língua, desde o Lácio, em Roma, até sua chegada no Brasil, depois de passar por outras partes do mundo.
O segundo eixo é a universalidade da língua portuguesa. A idéia de globalização surgiu após Portugal ter chegado na África, Índia e Ásia, com as grandes navegações. A viagem de circunavegação revelou a esfericidade da Terra. E o português foi introduzido em vários pontos do planeta.
É preciso lembrar que universalidade, nesse caso, não significa que o português seja a língua mais falada no mundo, embora o idioma seja usado hoje por 270 milhões de pessoas.
O terceiro aspecto destacado aqui é a mestiçagem da língua. O idioma falado no Brasil é tão misturado quanto a cor da pele das pessoas e a cultura do país. Assim, ele também está marcado pelos encontros e desencontros de povos e signos, por convergências e conflitos, por contradições e desigualdades. No Brasil, a língua, como as raças, amalgamou-se, dando unidade ao país.

Foi também a língua que, de certa forma, desenhou os limites do território brasileiro, com suas dimensões continentais: um brasileiro da Região Sul entendese perfeitamente com um brasileiro da Amazônia, apesar de ambos viverem em realidades culturais totalmente diferentes.
Também os norte-americanos de todo o território dos EUA se entendem em uma unidade lingüística admirável. A diferença de nossa unidade lingüística, porém, é o altíssimo grau de mestiçagem que constitui o português do Brasil. Não se trata apenas de padrões de fala ou ritmos diferenciados. Na verdade, há aqui uma alta carga de palavras não portuguesas – basicamente indígenas e africanas – que foram incorporadas ao uso cotidiano e estão presentes em nosso vocabulário.
Um quarto aspecto abordado no museu diz respeito ao fato de que a língua portuguesa do Brasil está incessantemente construindo mundos, através das artes. A língua é a matéria-prima por excelência da literatura e da poesia, e compõe também as artes visuais, o teatro, a música e as artes plásticas.
O que quer e o que pode essa língua, pergunta o poeta? E aqui abre-se um universo extenso de referências: é Guimarães Rosa e Machado de Assis; é o cordel e João Cabral de Mello Neto; é Drummond e Bandeira; Mario e Oswald; são os irmãos Campos e Caetano Veloso; padre Vieira e Gregório de Mattos; Chico Buarque e Glauber Rocha; Luiz Gonzaga e os samba-enredos; Wally Salomão, Marcelo D2 e Patativa do Assaré. A lista parece não ter fim.

Ao mesmo tempo, a língua estrutura nosso cotidiano em todo o país. Do jornal diário aos grafites das ruas, das juras de amor aos manuais, dos outdoors às placas de ônibus, das bulas de remédio às novelas e propagandas de TV, estamos imersos em um imenso manancial de informações veiculadas através da língua que falamos, lemos e escrevemos.
Convivem no Brasil de hoje inúmeras variantes da língua, decorrentes das experiências regionais e locais, de especificidades socioculturais e dos cruzamentos que se vêm fazendo ao longo do tempo, com contribuições múltiplas. Somadas, constituem o português do Brasil. Uma língua que está em intenso movimento, recriada de diferentes maneiras e diariamente, em cada recanto do país.
A língua é um instrumento privilegiado para a transmissão organizada de conhecimentos. A linguagem oral e a escrita produzem e reproduzem incessantemente novos e velhos significados, criando e recriando as sociedades, sejam elas tradicionais, sejam modernas. Ela é também a língua da história, das ciências e da educação.

Fonte: www.museudalinguaportuguesa.org.br

JARDIM LUZ - SÃO PAULO - 2009



O Jardim da Luz é o mais antigo Jardim Público da cidade, este parque tem especial significado para a história de São Paulo. Data de 1798/99 a idéia de estabelecer o "Jardim Botânico da Luz", sua inauguração, porém, só aconteceu em 1825 e era o único local de divertimento e descanso da população. Sua utilização como "Jardim Botânico" logo foi abandonada e, em 1838, tornou-se simplesmente um "Jardim Público". Data de 1875 a solução definitiva para o abastecimento de água do parque, que vinha passando por modificações desde 1868. Nessa ocasião o Jardim já encontrava-se totalmente cultivado e arborizado e foram implantadas também as 4 estátuas, representando as estações do ano, e as 2 referentes à mitologia – Vênus e Adonis – vindas do Rio de Janeiro.

Muito importante também foi a nomeação, no início do século, de Antonio Etzel como administrador do Jardim da Luz, pois foi ele quem introduziu um novo traçado para o Jardim, como ruas circulares arborizadas, grandes gramados ao estilo inglês e bosques, bem como construiu a nova residência (1901), o Coreto (1902), o quiosque (1903), formou um "mini-viveiro" onde cultivava plantas e flores que eram transplantadas para os canteiros dos jardins e um "mini-zoológico", com capivaras, veados e aves exóticas, entre outros.

Etzel administrou o parque até 1930 e, a partir desse ano, com a retirada dos muros e gradis e dos animais que compunham o zoológico, o Jardim da Luz entrou em processo de deterioração, tornando-se, cada vez mais, simples local de passagem. Em 1972 o Jardim recebe novo tratamento de limpeza e recuperação e é novamente cercado com grades e portões, passando para a administração do DEPAVE e recebendo a denominação de "Parque da Luz". A área é tombada pelo CONDEPHAAT através da Resolução nº 31, de 08/08/81, e pelo CONPRESP através da Resolução nº 05/91 tombamento "ex-offício". Seu uso é regulamentado pelas Portaria nºs 23/Depave/78 e 95/DEPAVE/83.

Área

O parque tem totais 81.758 m2, entre os quais 48.376 m2 de vegetação implantada, 29.422 m2 de caminhos, 3.068 m2 de lagos e 892 m2 de edificações.

Flora

Extremamente diversificada, a vegetação do parque é composta, em sua maioria, por espécies exóticas e algumas nativas. São árvores que chamam a atenção por seu porte e exuberância, proporcionando um espetáculo interessante aos que contemplem suas alamedas. Destacam-se principalmente o chichá, a nolina e o pau-ferro, localizados próximo à administração e coreto; as figueiras, próximas à lateral da Pinacoteca, Parque infantil e Ponto chic; as palmeiras reais espalhadas pelo parque; o alecrim de campinas, na alameda principal da entrada; e a rara Brownea ou sol-da-Bolívia e o eucalipto vermelho, perto do playground.

Fauna

Foram catalogadas mais de 40 espécies de aves, entre elas sabiá-laranjeira, sanhaço, chupim, bem-te-vi, periquito verde e rolinha-caldo-de-feijão, além de algumas aves aquáticas, como socó-dorminhoco e biguá, e ornamentais, como marreco-mallard e galinha d'angola. Foram detectados ainda alguns peixes (carpas e tilápias) nos espelhos d'água e dois exemplares de sagui-de-tufo-branco, que são originários do nordeste brasileiro. O destaque, porém, é para as 6 preguiças que vivem na chamada alameda de figueiras, espécie que provavelmente habita o parque desde a época em que era "Jardim Botânico".

Infra-estrutura

Área para apresentações na praça do Ponto Chic; coreto; bicicletário para 10 vagas; 2 comedouros para pássaros; 21 bebedouros; sanitário; 19 lixeiras; 3 mesas; 166 bancos.

Lazer

2 playgrounds; tanque de areia.


Paisagem

2 espelhos d´água, 2 lagos.

Freqüência de Usuários

Terça a sexta-feira:1.000
Sábados:3.000
Domingos e feriados:3.600

Endereço

Praça da Luz s/nº Bom Retiro CEP: 01122-000 Tel. (0xx11) 227-3545
Horário de Funcionamento: de Terça a Domingo das 10h às 18h
Situado na área de atuação da Administração Regional Sé
 fonte: http://www.sampa.art.br/parques/jardim_daluz.php